Este lugar vazio, frio, hipnótico

Essas pessoas que só falam de si, elas acreditam no amor de si mesmas

Estes sentimentos falsos, estes perdões lúdicos

As palavras que machucam, proferidas por homens impudicos

Esqueci-me que ainda permaneço neste mundo insano e repugnante

Cético cego no mundo da realidade destruída

Torno-me só mais uma criança, ele dizia

E a vida uma vez concedida

Temos que morrer.

Este lugar de seres pávidos a chalrar

Esqueceram-se do essencial para viver

Por tanto não vivem

Um vez concedida a morte

Temos que esperar

Estou só, no vazio silenciado do meu eu

Já não posso respirar sem esquecer

Que uma vez concedida a vida

Temos que morrer

Logo eu, tão frugal,

Ver apenas além do que se pode enxergar

Cair neste pérfido lugar

Esperar o eterno e certeiro final;

E tão inepto que são estes humanos

Que eu espere o fim sendo quem sou

Ainda que ouvindo maldizeres insanos

Deste momento, grande momento continuarei como estou

Por que uma vez concedida a vida

Temos que morrer

Muitos já se foram inconscientes do por quê

Este lugar, apenas afasto-me, e guardo-me latente em demasia

Por que uma vez concedida a vida...